sexta-feira, 1 de março de 2013

Governo federal negocia para ampliar acesso a planos de saúde


O governo negocia com os planos de saúde um pacote de medidas de estímulo ao setor em troca de garantias de melhoras no atendimento.
Segundo a Folha apurou, o pacote ainda não está fechado, mas o Executivo analisa pedidos do setor por redução de impostos, maior financiamento para melhoria da infraestrutura hospitalar e a solução da dívida das Santas Casas.
Em troca, o governo quer exigir uma série de garantias para o usuário. O objetivo é facilitar o acesso de pessoas a planos de saúde privados, com uma eventual redução de preços, além da ampliação da rede credenciada. Outro ponto é forçar o setor a elevar o padrão de atendimento.
O plano foi discutido ontem durante reunião de seguradoras e administradoras com a presidente Dilma. A proposta está em elaboração desde o início do ano. Reunião semelhante ocorreu no início do mês, mas o tema não constava da agenda oficial.
Pouco mais de 25% da população brasileira faz uso de planos de saúde. Em setembro de 2012, o número de beneficiários chegou a 48,6 milhões, segundo dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
No último ano, o governo centrou atenção no cumprimento dos prazos para o atendimento do usuário do plano de saúde. Desde 2011, uma norma da ANS estabelece prazos limites para esse atendimento –por exemplo, sete dias para a realização de uma consulta básica.
Desde então, foram feitas três rodadas de suspensões de venda dos planos de saúde com os piores índices de descumprimento dos prazos.
Apesar das sanções, muitas operadoras reincidiram no problema, o que fez o Ministério da Saúde anunciar novas sanções. 


Sem data

O pacote ainda não tem data prevista de lançamento, mas já é visto por integrantes do governo como uma potencial marca do Executivo na saúde, uma das áreas mais criticadas pela população.
A avaliação é que as medidas têm apelo tanto para a classe média tradicional como para a emergente.
As negociações estão sendo tocadas pela própria presidente da República. No encontro de ontem, participaram cinco ministros de Estado, integrantes da área econômica, além de representantes do Bradesco, Qualicorp e Amil.

2 comentários:

  1. O SUS é tão bom que deveria ser exportado, disse o Lula em Recife e a seguir, teve uma crise hipertensiva e foi medicado no Hospital Portugues, não SUS.
    Ele e a Dilma tiveram cancer e se trataram no Sírio e Libanês, não SUS.
    Os Hospitais Públicos sucateados,os Universitários, decadentes.FINANCIAMENTO PÚBLICO INADEQUADO.
    Sai uma noticia triste -"O governo tem negociado medidas com empresas do setor e já analisa redução de impostos e maior financiamento". As negociações estão sendo tocadas pela própria Dilma.
    CONSTITUIÇÀO FEDERAL - Art. 196 - A saúde é direito de todos e DEVER DO ESTADO, COM ACESSO UNIVERSAL E IGUALITÁRIO;
    Art. 199 - #2o É VEDADA A DESTINAÇÃO DE RECURSOS PÚBLICOS PARA AUXILIOS OU SUBVENÇÕES ÀS INSTITUIÇÕES PRIVADAS COM FINS LUCRATIVOS. É o caso da isenção de impostos.
    # 3o É VEDADA A PARTICIPAÇÃO DIRETA OU INDIRETA DE EMPRESAS OU CAPITAIS ESTRAGEIROS NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE NO PAÍS, SALVO NOS CASOS PREVISTOS EM LEI. É o caso da United Health comprando a AMIL.
    Esta proposta não pode prosperar! Aprovar isso, seria jogar uma pá de cal no combalido SUS.
    Estimular empresas de planos de saúde alem de contrasenso é INCONSTITUCIONAL.
    A Inglaterra implantou seu Sistema Público de Saúde, mostrado na abertura da s Olimpiadas de Londres, após terminar a 2a guerra Mundial, quando o pais estava arrasado. Será que vamos esperar que o governo arrase mais o SUS para podermos implantar um DIGNO E EFICIENTE SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE?
    Em vez de financiar as empresas cobre as dívidas do SUS pelos atendimentos aos seguradios. Deixe de financiar com seguros privados a todos funcionarios públicos. Casse os planos de saúde, vitalicio, de todos parlamentares. sOBRARÁ DINHEIRO PARA FINANCIAR A SAÚDE PÚBLICA.
    DIGNIDADE PARA OS PACIENTES E PROFISSIONAIS DE SAÚDE!!!.

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  2. Tem-se a impressão de que o governo resolveu abandonar de vez os fundamentos do SUS. Universalidade de acesso, assistência sem preconceitos ou privilégios, análise epidemiológica na escolha de prioridades para alocação de recursos, tudo parece ter sido esquecido. O que importa é que mais e mais pessoas tenham a sensação, ainda que frequentemente equívoca, de que, quando necessário, terão um adequado atendimento médico. Curiosamente, isso acontece no exato momento em que a Agência Nacional de Saúde (ANS) diz apertar o cerco às operadoras e às suas artimanhas para negar autorizações, dificultar o atendimento e faturar cada vez mais.
    Compete às lideranças da comunidade médica e da sociedade civil organizada mobilizarem-se e reagir, com coordenação e eficiência,a mais essa tentativa de transferir-se para o setor privado recursos públicos que deveriam se destinar exclusivamente ao SUS.

    Marcio Meirelles




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