quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O que teme o CFM? Opinião de uma brasileira que cursa medicina em Cuba

“No Capão Redondo, ninguém sonha em ser médico”

Para estudante brasileira de medicina em Cuba, médicos temem mudança de pensamento da população em relação à sua saúde


Revista Fórum


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Um comentário:

  1. Diz o antropólogo Roberto DaMatta, que, às vezes, a simpatia e a cordialidade podem despir as pessoas de suas convicções, “fazendo com que elas sejam novamente razoáveis, inseguras, abertas e dispostas a serem pontes em vez de trincheiras”.
    As atuais discussões sobre o Mais Médicos estão a nos exigir um pouco desta cordialidade e distensão de espírito. Assim, talvez devamos admitir que:
    - como demonstram as pesquisas, a maior parte da população - e respeitáveis formadores de opinião - embora com ressalvas, são favoráveis ao Mais Médicos;
    - o programa, embora de repleto de inconsistências e suspeitas, atende a uma expectativa da população. Como disse alguém: “quem vive nos rincões sem assistência médica, não quer ouvir argumentos, quer somente a presença de um médico;
    - O “povão” valoriza muito mais a figura do médico do que nós, os médicos, pensamos;
    - O Mais Médicos pôs em discussão um assunto fundamental que estava sendo injustamente esquecido: a necessidade urgente de se levar atenção básica de saúde às regiões carentes;
    - a discussão do Mais Médicos no Congresso é uma excelente ocasião para a aprovação de medidas necessárias ao aprimoramento do setor público, tais como, o financiamento do SUS, a carreira de estado, a reforma dos currículos, a universalização da Residência Médica, etc.

    Portanto, “melhor do que amargar o limão, é tratar de transformá-lo em limonada”.

    Marcio Meirelles

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