“No Capão Redondo, ninguém sonha em ser médico”
Para estudante brasileira de medicina em Cuba, médicos temem mudança de pensamento da população em relação à sua saúde
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Para estudante brasileira de medicina em Cuba, médicos temem mudança de pensamento da população em relação à sua saúde
Revista Fórum |
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Diz o antropólogo Roberto DaMatta, que, às vezes, a simpatia e a cordialidade podem despir as pessoas de suas convicções, “fazendo com que elas sejam novamente razoáveis, inseguras, abertas e dispostas a serem pontes em vez de trincheiras”.
ResponderExcluirAs atuais discussões sobre o Mais Médicos estão a nos exigir um pouco desta cordialidade e distensão de espírito. Assim, talvez devamos admitir que:
- como demonstram as pesquisas, a maior parte da população - e respeitáveis formadores de opinião - embora com ressalvas, são favoráveis ao Mais Médicos;
- o programa, embora de repleto de inconsistências e suspeitas, atende a uma expectativa da população. Como disse alguém: “quem vive nos rincões sem assistência médica, não quer ouvir argumentos, quer somente a presença de um médico;
- O “povão” valoriza muito mais a figura do médico do que nós, os médicos, pensamos;
- O Mais Médicos pôs em discussão um assunto fundamental que estava sendo injustamente esquecido: a necessidade urgente de se levar atenção básica de saúde às regiões carentes;
- a discussão do Mais Médicos no Congresso é uma excelente ocasião para a aprovação de medidas necessárias ao aprimoramento do setor público, tais como, o financiamento do SUS, a carreira de estado, a reforma dos currículos, a universalização da Residência Médica, etc.
Portanto, “melhor do que amargar o limão, é tratar de transformá-lo em limonada”.
Marcio Meirelles